Quando era miúda adorava passar as férias da escola na quintinha dos meus avós. Acordava de manhã cedo com a minha avó para dar de comer aos animais ( cães, gatos, galinhas, patos, etc...), lavar a roupa (á mão no tanque), estenda-la e tratar do resto da casa. Foi um dos melhores momentos da minha infância, brincava sozinha, corria pelo campo a cantar ao estilo de “Música no Coração”, nunca ficava entediada (de lembrar que na altura não havia internet).
Hoje sinto tanta falta dessa liberdade, dessa paz, estar confinada num apartamento na cidade onde ouves todos os barulhos possíveis e imaginários é stressante, mas é o que temos por agora.
Ás vezes penso em pegar nas minhas coisas (o essencial) e fazer como Thoreau* e construir uma cabana na floresta. Viver isoladamente tendo apenas como companhia os animaizinhos, as plantas e as árvores.
Talvez não me conseguisse habituar, ou então pelo contrário, ia gostar tanto que nunca mais de lá sairia. Cultivaria a terra e inventaria novas formas de me entreter (apenas com livros, um bloco e caneta acho que me safava).
Seria a primeira mulher eremita em Portugal, inspiraria outras pessoas a fazerem o mesmo, a apreciarem a solitude e a natureza.
*“I went to the woods because I wished to live deliberately, to front only the essential facts of life, and see if I could not learn what it had to teach, and not, when I came to die, discover that I had not lived. I did not wish to live what was not life, living is so dear…” from “WALDEN” by Henry David Thoreau
“Sofremos uma pressão descomunal que acaba quase sempre em problemas de depressão e ansiedade.”
No mundo em que vivemos atualmente, é muito importante ser-se bonito. Não sou eu que o digo, é a sociedade.
A beleza interior já passou á história, não interessa se és boa pessoa, o que importa mesmo é que tenhas um rosto e corpo agradáveis aos demais. Se não tiveres não faz mal, existem procedimentos estéticos para todos os gostos e carteiras. Muitos deles bastante duvidosos e que colocam vidas em risco.
Há pouco tempo vi um excerto de uma entrevista a uma mãe norte-americana, que dizia que ela própria administrava á sua filha de 8 anos de idade pequenas quantidades de botox, pois a mesma queixava-se que tinha rugas. Quando perguntaram á mãe se tinha medo dos danos colaterais, a mesma respondeu impávida e serena que não.
A meu ver, esta senhora deveria ser nomeada para o prémio de “Mãe mais fixe e irresponsável do ano”.
Não sou de maneira nenhuma contra quem faz este tipo de procedimentos, desde que sejam adultos responsáveis e que tenham conhecimento dos efeitos colaterais.
Na minha época de adolescente eu queria era pintar o cabelo de cores diferentes e fazer tatuagens, agora as miúdas querem é colocar botox, unhas de gel e fazer branqueamentos dentários. A indústria da beleza lucra milhões á conta das inseguranças das pessoas. Sofremos uma pressão descomunal que acaba quase sempre em problemas de depressão e ansiedade. Vivemos na era das redes sociais, dos influencers, dos filtros do Instagram e do TikTok. Somos bombardeados diariamente por anúncios de produtos que prometem ser o elixir da juventude e beleza. Celebridades e modelos enchem os nossos ecrãs para nos mostrarem como podemos ser belos e perfeitos. Usem o que eu uso, façam o que eu faço – dizem eles – entretanto os cordeirinhos hipnotizados enfiam-se na boca do lobo.
Pergunto-me se estaremos todos a ficar loucos. Onde está o bom senso? As pessoas esquecem-se que o que é “trendy” hoje, amanhã já não o é. Que a beleza é subjectiva. Não conseguimos vencer a força da gravidade nem lutar contra o tempo, de uma maneira ou outra eles acabam sempre por levar a melhor. Uma coisa é cuidarmos da nossa aparência outra coisa completamente diferente é vivermos obcecados com o superficial.
Quem ainda não está rendido à Coreia do Sul? Mais propriamente ao K-Pop e aos K-Dramas?
Eu devo confessar que já estou rendida à bastante tempo, digamos que o meu primeiro contacto com a cultura coreana foi através de um canal de Youtube "Megan Moon" em 2010, uma americana que se tinha mudado para a Coreia do Sul a trabalho, através dela aprendi bastante.
A partir daí começei a interessar me por este país da Ásia oriental mais concretamente pela cozinha coreana (adoro kimchi). Hoje em dia sigo imensos canais sobre cozinha (vlogs, mukbangs, etc.). Inclusive descobri alguns mercados que vendem produtos coreanos, o que me deixou bastante feliz.
Só em meados de 2022 é que os K-dramas e o K-Pop entraram na minha vida. Primeiro foram os dramas (Bussiness Proposal foi o primeiro que assisti) e depois a música. Em relação ao K-Pop apenas acompanho os tão aclamados BTS, conheço praticamente todas as músicas.
Espero um dia poder visitar este país que me suscita tanta curiosidade.
Lembro-me de dizer que não queria mais saber de séries, que não voltava a subscreever a Netflix nem coisa que lhe valha. Mas bastou as coleguinhas no trabalho não se calarem com os comentários sobre uma tal reina e um tal Charly Flow todo jeitoso de olhos azuis para colocar por terra todo o meu empenho em não gastar dinheiro com "cenas" desnecessárias.
Aqui estão então as séries que estou a ver (porque é impossível ser fiel apenas a uma):
La Reina del Flow (a causadora da minha destruição)
São duas temporadas cada uma com cerca de 90 episódios. Não estava com grandes expectavivas, por ser colombiana e tal. A verdade é que me prendeu desde do 1º episódio. O elenco é espectacular (basta verem a foto que coloquei aqui), as músicas ficam no ouvido e a história é muito bonita. Vejam (se tiverem paciência e vontade) e depois digam-me se tenho ou não razão.
Bridgerton
Há tanto tempo que ouço falar dos Bridgerton (primeiro pelo livro da Julia Quinn e depois pela série) mas nunca me suscitou curiosidade, até há bem pouco tempo. Bastou assistir ao 1º episódio para me enamorar. Infelizmente ainda não começei a 2ª temporada (não sei bem porquê).
The Crown
Ainda estou na 1ª temporada (são 5 dios mio). Não há muito a dizer sobre esta série apenas que é baseada em eventos históricos e na minha humilde opinião está muito bem conseguida.
Por último apresento-vos uma série bem engraçada que já vi e adorei:
Guia Astrológico para corações partidos
Esta série é italiana, tem 2 temporadas cada uma dividida em 6 episódios (não muito longos) e cada episódio corresponde a um signo do zodíaco. Escusado será dizer que aqui a louca dos signos (mamou) esta série quase de uma assentada só. Apenas não o fez porque a 2ª temporada na altura ainda não estava disponivel. Ide ver, não se vão arrepender.
Para mim um chefe tem que ser uma pessoa que perceba muito bem do serviço que está a chefiar e que não tenha preferências. Que tenha um pulso firme mas ao mesmo tempo que seja compreensivo com os seus funcionários. Afinal está a lidar com seres humanos e não com máquinas.
Ora bem, isto é o que um chefe deveria ser na minha humilde opinião. No entanto e não obstante de toda esta ética os chefes são tudo menos isso (pelo menos os que me calharam na rifa).
Eu sou sincera, não tenho jeito nenhum para chefiar, sou muito indecisa e um coração mole, era trocidada em três tempos. Por isso mesmo se vierem pedir para me tornar chefe podem estar certinhos que não aceito, pelo simples facto de saber que não tenho perfil para o ser.